Efeito Sabonete
Enviado: 23 Jun 2010, 21:45
Efeito Sabonete
Há alguns meses assisti a um filme do Michel Moore chamado “Siko”; tratava-se de um documentário sobre o sistema de saúde em vários locais do mundo. Fiquei muito impressionado com o sistema francês, onde os cidadãos exigem que os políticos façam e cumpram as leis sobre um bom tratamento de saúde para os cidadãos; já no sistema norte americano é o “salve-se quem puder”, pois para tratar da saúde tem que ter dinheiro.
Porém, quando comecei raciocinar um pouco sobre o sistema de saúde brasileiro em comparação com o sistema norte americano fiquei assustado! E o motivo é simples: Aqui eles colocam as pessoas em corredores esperando pelo atendimento e vão dando alguma desculpa para enrolar a pessoa.
Percebe a diferença entre o sistema brasileiro e o sistema norte americano? Lá eles falam que se não tiver dinheiro a pessoa não será tratada; aqui ficam nos enrolando. É o que na gíria costumamos dizer “sabonete”, ou seja, liso, escorregadio. Não consigo imaginar o que é pior: Dizer uma verdade dura, nua e crua ou ficar enrolando ao invés de resolver uma questão que, a meu ver, é um direito fundamental de todo e qualquer ser humano.
Mas aqui no Brasil esse efeito sabonete é para os serviços públicos em geral. O sistema de saúde, a educação, a segurança; tudo é sofrível.
Dessa maneira, vemos que a “sabonetagem” é geral, ampla e irrestrita. Quando alguém reclama esbravejando que é cidadão e paga seus impostos a resposta é recorrente: “Pois é; o senhor tem razão, mas infelizmente é assim mesmo”; tem ainda aquela: “Infelizmente não temos pessoal, recursos, equipamentos”; e por aí vai.
Para o aquarismo a coisa não é diferente. Os “caciques dos órgãos públicos ambientalisticos” vivem segurando o freio de mão; se há problemas como a utilização de rochas vivas, capturas de espécies, dentre outros, o certo era buscar soluções de modo a equilibrar as questões ambientais com as questões econômicas e sociais.
A Organização sobre Agricultura e Alimentação das Nações Unidas (FAO) publicou em 2005 sobre a importância econômica e ambiental que a aquariofilia pode trazer para um país, (veja o “link”: http://www.fao.org/docrep/008/a0057e/a0057e0c.htm). Infelizmente, por mera “sabonetagem”, aqui não se permite desenvolver e ampliar a prática do aquarismo como fonte de renda, combate í pobreza e sustentabilidade. Ficam procrastinando a solução dos problemas com “charminhos” ambientais ao invés de ouvirem os verdadeiros interessados e por em prática planos de um ótimo desenvolvimento sustentável no setor.
Já passou da hora de os órgãos governamentais entenderem que o motivo de suas existências é facilitar a vida dos cidadãos; é orientar e se preocupar efetivamente com o êxito. Com isso as pessoas vivem melhor, as rendas aumentam e todos ganham. É preciso menos criações de dificuldades e mais preocupação com soluções. É muito provável que assim teremos menos “bolsa família” e mais dignidade para as pessoas.
Ricardo Bitencourt
Há alguns meses assisti a um filme do Michel Moore chamado “Siko”; tratava-se de um documentário sobre o sistema de saúde em vários locais do mundo. Fiquei muito impressionado com o sistema francês, onde os cidadãos exigem que os políticos façam e cumpram as leis sobre um bom tratamento de saúde para os cidadãos; já no sistema norte americano é o “salve-se quem puder”, pois para tratar da saúde tem que ter dinheiro.
Porém, quando comecei raciocinar um pouco sobre o sistema de saúde brasileiro em comparação com o sistema norte americano fiquei assustado! E o motivo é simples: Aqui eles colocam as pessoas em corredores esperando pelo atendimento e vão dando alguma desculpa para enrolar a pessoa.
Percebe a diferença entre o sistema brasileiro e o sistema norte americano? Lá eles falam que se não tiver dinheiro a pessoa não será tratada; aqui ficam nos enrolando. É o que na gíria costumamos dizer “sabonete”, ou seja, liso, escorregadio. Não consigo imaginar o que é pior: Dizer uma verdade dura, nua e crua ou ficar enrolando ao invés de resolver uma questão que, a meu ver, é um direito fundamental de todo e qualquer ser humano.
Mas aqui no Brasil esse efeito sabonete é para os serviços públicos em geral. O sistema de saúde, a educação, a segurança; tudo é sofrível.
Dessa maneira, vemos que a “sabonetagem” é geral, ampla e irrestrita. Quando alguém reclama esbravejando que é cidadão e paga seus impostos a resposta é recorrente: “Pois é; o senhor tem razão, mas infelizmente é assim mesmo”; tem ainda aquela: “Infelizmente não temos pessoal, recursos, equipamentos”; e por aí vai.
Para o aquarismo a coisa não é diferente. Os “caciques dos órgãos públicos ambientalisticos” vivem segurando o freio de mão; se há problemas como a utilização de rochas vivas, capturas de espécies, dentre outros, o certo era buscar soluções de modo a equilibrar as questões ambientais com as questões econômicas e sociais.
A Organização sobre Agricultura e Alimentação das Nações Unidas (FAO) publicou em 2005 sobre a importância econômica e ambiental que a aquariofilia pode trazer para um país, (veja o “link”: http://www.fao.org/docrep/008/a0057e/a0057e0c.htm). Infelizmente, por mera “sabonetagem”, aqui não se permite desenvolver e ampliar a prática do aquarismo como fonte de renda, combate í pobreza e sustentabilidade. Ficam procrastinando a solução dos problemas com “charminhos” ambientais ao invés de ouvirem os verdadeiros interessados e por em prática planos de um ótimo desenvolvimento sustentável no setor.
Já passou da hora de os órgãos governamentais entenderem que o motivo de suas existências é facilitar a vida dos cidadãos; é orientar e se preocupar efetivamente com o êxito. Com isso as pessoas vivem melhor, as rendas aumentam e todos ganham. É preciso menos criações de dificuldades e mais preocupação com soluções. É muito provável que assim teremos menos “bolsa família” e mais dignidade para as pessoas.
Ricardo Bitencourt