Incentivando a produção de Rochas Vivas Artificiais (DIY)

[Gustavo Viude]

Não existe cenário mais bonito do que um Recife de corais, quando desenvolvemos um micro cenário desses com Rochas vivas e uma porção de invertebrados sentimos prazer em passar horas observando a rotina desses animais tão coloridos maravilhosos... na minha opinião é como se pudessemos pegar os melhores momentos do Discovery Channel e colocá-los a nossa disposição em um aquário.

Poucos sabem que o oceano é o principal responsável pelo Gás Carbônico de nosso planeta e que os recifes de corais dos nossos mares tem o principal papel do cilco de vida dos animais marinhos. Não sou nenhum ativista, não tenho formação técnica para pregar a verdade absoluta, mas se pudessemos fazer o possível para preservar ao máximo o ambiente marinho, estariamos não só preservando a vida dos animais marinhos, mas também preservando a nossa própria existência.

Além de gostar muito de fabricar minhas engenhocas (faz parte do hobby), eu me sinto feliz por não contribuir com a comercialização de rochas que podem estar sendo extraídas sem nenhuma fiscalização.

Muitos não gostam de fazer suas próprias Rochas Vivas pelo fato de nao ficarem tão porosas como as naturais e também pelo fato de que o cimento leva em torno de 2 meses para poder ser colocado dentro do aquário (problemas com PH muito alto), mas se for possivel criar uma Rocha Viva artificialmente poroca como a natural, depois de alguns meses as algas cobrirão por completo a superfície das rochas e será muito difícil não dizer que aquela não seja uma rocha viva natural.

Eu faço minhas rochas da seguinte maneira:

Mistura:

- Halimeda ou areia grossa;
- Cimento branco sem anti-mofo (o não estrutural é melhor);
- Um recipiente com Areia grossa fundo e largo para que você possa encher de areia e fazer os moldes;
- Uma pá para ajudar a mexer; e
- Sal grosso, muito sal grosso...

Modo de preparo:

Eu faço os moldes com a mão ou qualquer outro objeto na caixa de areia grossa e forro todo o molde com pedras de sal grosso, lembrando que a areia umida é melhor para fabricar os moldes.

Com o molde pronto eu faço a massa: Misturo um pouco de areia e um pouco de cimento, muito sal grosso e pouca água, alguns falam para colocar 1 parte de areia e 1/2 de cimento, mas o objetivo é criar uma pasta bem grossa, se possivel com pouca liga.

A massa irá ser depositada com cuidado no molde e ficará ser ser tocada por mais ou menos um dia. Você poderá fazer sim alguns retoques e até colocar mais pedras de sal grosso.

Após 24 horas a peça poderá ser retirada e examinada para se certificar que todos os ingredientes estão colados e firmes.

O próximo passo é colocar a peça em um local com água doce, isso fará com que o sal derreta dando lugar aos poros que as bactérias possam se fixar. Claro que nem todo o sal irá derreter, dependendo da textura da massa que você usou grãos de sal ficaram intáctos no interior da rocha, mas não precisa se preocupar, pois eles não poderão fazer mal algum a qualidade da água futuramente, a menos que você tenha em seu aquário algum "Peixe MacGyver" para furar o cimento e dissolver o sal do interior da Rocha.

Depois é só deixar o cimento curar em água doce e pronto, pode ser usada normalmente em um aquário de corais.

Se você pesquisar pelos ingredientes, verá que é mais barato do que comprar uma rocha natural, você pode desenvolver um modelo específico para o cenário no seu aquário e ajuda a preservar os recifes de corais do planeta.

Eu vou tentar enviar futuramente as fotos das pedras que eu fiz em casa.

Abraços!

Viude

[Matias Gomes]

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[Luiz Teixeira]

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