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Curso de Aquarismo - Aula 4 - Qualidade da Água

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Julio Monteiro
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Curso de Aquarismo - Aula 4 - Qualidade da Água

#1 Mensagem por Julio Monteiro »

Qualidade da Água


Basta provar um pouco da água do mar que percebe-se imediatamente que ela é completamente diferente da água de nossas torneiras, rios e riachos. A água do mar diferencia-se da água doce por possuir muitos tipos de sais dissolvidos. Sabe-se atualmente que praticamente todos os elementos químicos existentes encontram-se na água do mar, alguns em grandes quantidades, outros em quantidades ínfimas. Os elementos que aparecem em grande quantidade são chamados de macroelementos. Entre esses temos : Sódio (como Na+), Magnésio (como Mg2+), Cálcio (como Ca2+), Estrôncio (como Sr2+), Potássio (como K+). Os elementos que se apresentam em baixas concentrações são os chamados microelementos ou elementos traços. Todos esses elementos, sejam macroelementos ou elementos traços, são muito importantes para a manutenção da vida marinha.


Salinidade e Densidade:

Por salinidade entende-se a quantidade de sais dissolvidos em um quilo de água do mar. A água do mar tem em média 34,7%o de salinidade (34,7%o representa 34,7 Kg de sal para cada 1.000 Kg de água do mar, ou seja, 34,7 g de sal para cada quilo de água). Na natureza, nas regiões dos recifes de corais, a salinidade fica sempre entre 30%o e 35%o.

Na prática, não existem métodos diretos para medição da salinidade. É um parâmetro importante que é medido indiretamente através da densidade.. O método mais preciso para a medição da salinidade e da densidade é através de um refratômetro. A densidade também pode ser medida facilmente com um densímetro. Existem alguns densimetros que também vem com a indicação da salinidade.

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O refratometro mede a distorção da luz ao passar pela água com os sais dissolvidos. Olhando pelo tubo, vê-se a indicação da densidade e salinidade correspondente. Importante: O refratômetro deve possuir correção automática da temperatura.

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Densímetro comum - deve ser colocado na água parada. Quanto mais o densímetro afundar, menor é a densidade e vice-versa. O valor da densidade é dado pela leitura do valor indicado na escala que coincide com a linha d’água.

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Outros densímetros com agulha interna - Coloca-se água dentro do densímetro e o ponteiro indica o valor da densidade e a salinidade correspondente. Nesse tipo de densimetro deve-se dar especial atenção em bolhas que fiquem sob o ponteiro, pois alteram muito o valor medido.

Densidades entre 1,022 e 1,024 a 25o C são consideradas ideais para o aquário de corais. Esses valores correspondem a uma salinidade entre 32%o e 35%o.

A densidade da água varia com a temperatura. Os densímetros encontrados no mercado são calibrados a 25o C, por isso, na medição da densidade, a temperatura deve ser observada. Por exemplo, se a densidade da água a 20o C é 1,022, sabe-se que a salinidade correspondente é 31,5%o. A 30o C, a salinidade dessa mesma água seria 36%o, já que mais sais se dissolvem em função do aumento da temperatura. Para evitar grandes variações, a densidade do aquário deve ser ajustada (valores entre 1,022 e 1,024) impreterivelmente a 25o C.


A água doce para o aquário de rochas:

Um aquário de 500 litros pode perder vários litros de água por dia, por evaporação. Como somente a água evapora, a concentração dos sais dissolvidos aumenta, aumentando a densidade do aquário. Por esse motivo, para repor a água evaporada, devemos utilizar água doce passada por equipamento de osmose reversa ou deionizador, sem acrescentar nenhum sal.

Para a “fabricação” da água para aquário de rochas vivas devemos utilizar água doce. A água encanada que utilizamos possui vários componentes químicos (Nitrato, Amônia, Silicato, Fosfato), que são indesejáveis para o aquário. Existem os aparelhos de “osmose reversa” que fazem a filtragem mecânica e “química” da água. A água é pressionada a uma alta pressão através de uma membrana que retém materiais orgânicos e inorgânicos, permitindo a passagem de moléculas de água. Os componentes indesejáveis são retirados (silicatos, nitrato, amônia, alumínio, cobre, etc.), porém, juntamente com os indesejáveis, também são retirados elementos importantes como Cálcio e Estrôncio. Apesar desse problema, a utilização de água passada por osmose reversa é a melhor opção para fabricação de água para o aquário de corais.

Outra opção é passar a água da torneira por um deionizador. Os deionizadores são tubos com um sistema de filtragem contendo resinas que retém as substâncias indesejáveis (e desejáveis também). Existem formas no “Faça você mesmo” que podem ajudá-lo na montagem de um deionizador.

Para monitoração da qualidade da água doce de reposição, seja ela de deionizador ou de osmose reversa, são os aparelhos TDS. O valor ideal a ser mostrado no TDS é de 0 ppm. Quando esse valor mudar, a resina deve ser trocada.

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Para a reposição da água evaporada, o aquário necessita de um reservatório com água doce, chamada de caixa de reposição. Esse reservatório deve monitorar o volume de água no sump. Quando o nível baixar, a água deve ser liberada para o sump. Para a monitoração, existem sistemas que utilizam bóias e outros que utilizam um sensor eletrônico (sistema eclusa, por exemplo). No caso do sistema eletrônico, ele comanda a ligação de uma bomba de baixa vazão na caixa de reposição que envia a água para o sump. Assim que o nível chega ao ideal, a bomba é desligada.


Água Natural ou “Artificial” ?

Poucos aquaristas têm a oportunidade de adquirir água diretamente do mar, por isso, existem no mercado kits com sais para “fabricação” da água marinha. Para a utilização da água do mar, alguns cuidados são necessários:

- Retirar a água somente de regiões longe da poluição humana;
- sempre longe de rios;
- Nunca em dias de chuva.

Para a água artificial, deve-se utilizar água doce passada por aparelho de osmose reversa ou deionizador. O sal deve ser misturado na proporção indicada pelo fabricante e ficar com circulação até que o sal seja completamente dissolvido.


Troca parcial de Água – TPA:

Para a reposição de vários elementos que são consumidos no aquário, são necessárias as trocas parciais de água. Geralmente deve-se trocar de 5 a 10% do volume do aquário semanalmente. A água salgada deve ser preparada conforme indicado acima. Em seguida, retira-se do aquário a mesma quantidade de água preparada (não esquecer de desligar o sensor de nível), e a água nova deve ser enviada no sump com uma mangueira fina, para que vá lentamente para o sistema.


Reações Químicas e Parâmetros da Água:

Quando temos um aquário marinho dentro de casa, temos um sistema onde inúmeras reações químicas ocorrem sem que nos demos conta. É claro que o aquarista não precisa conhecer essas reações químicas. No entanto, o conhecimento das relações entre os vários componentes pode evitar vários erros. Aqueles que não gostam de química não precisam se preocupar. Somente guarde informações do tipo: gás carbônico abaixa o PH, Cálcio reage com carbonatos, etc.


Valor PH:

Parâmetro de grande importância para a vida marinha. É uma medida que diz quão ácida ou alcalina (básica) a água se encontra. Na química é definida como o valor negativo do logaritmo em base 10 da concentração de íons hidrogênio (H+).

pH = - log 10 [H+]

Eu sei... parece complicado ... mas não é. A água pura é composta de íons OH- (hidróxido) e íons de hidrogênio H+. Quando a água se dissocia, temos os íons positivos e os íons negativos :

H2O <---> H+ + OH-

Os íons H+ fazem a água ácida, enquanto que os íons OH- fazem-na básica (alcalina). Na água pura, a quantidade de íons positivos e negativos é a mesma, ou seja, a água é neutra (nem básica, nem ácida). O valor PH nesse caso é 7. Como no aquário a água não é pura, pois contém vários sais dissolvidos, esse equilíbrio iônico é rompido, fazendo com que o valor PH se altere.

A escala do valor PH vai de 0 a 14, sendo 7 o valor neutro. Valores acima de 7 indicam água básica (alcalina) e valores abaixo indicam água ácida.


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Na água dos mares, o valor PH se mantém sempre estável, em torno de 8,2, ou seja, predominam íons OH-. No aquário de rochas, devemos nos esforçar para manter esse valor. Na prática, entretanto, esse valor é difícil de se manter e por isso, esforçamo-nos para não ultrapassar os limites toleráveis pelos animais. O ideal são valores de PH entre 8,0 e 8,5.


Medição e Manutenção do valor PH:

Existem vários kits no mercado para a medição do valor PH. Alguns funcionam com reagentes que mudam de cor, dependendo do PH da água, outros são equipamentos eletrônicos, com medição mais precisa. Medir é fácil...a pergunta que fica é a seguinte: Como manter os valores de PH?

Quando “fabricamos” a água para o aquário, o PH se encontrará a cerca de 8,3, desde que a água utilizada não contenha excesso de componentes químicos (água deionizada ou passada por osmose reversa). Com a ação de decomposição de matéria orgânica e dejetos dos animais, a tendência da água do aquário é se tornar ácida. Se nada for feito para evitar a queda do PH, os níveis de acidez serão tão altos que todos os animais morrerão.

Pesquisas mostram que o valor PH da água dos mares se mantém estável devido í presença de íons carbonatos (CO32-) e íons carbonato de hidrogênio (HCO3-). A quantidade desses elementos chama-se “capacidade tamponadora”. A capacidade tamponadora pode ser representada pela seguinte fórmula :

2 HCO3- <---> CO2 + H2O + CO32-

O CO2 resultante reage com a água, formando ácido carbônico, que por sua vez se dissocia em íons carbonato (CO32-) e íons carbonato de hidrogênio (HCO3-). Representa-se da seguinte forma :

CO2 + H2O <---> H2CO3 <---> H+ + HCO3- <---> 2H+ + CO32-

Pela reação, vemos que um acréscimo de CO2 (gás carbônico) desloca o equilíbrio para o lado ácido (maior quantidade de íons H+). Se retirarmos CO2, a reação ocorrerá para o lado básico. Esse é o motivo pelo qual pode-se encontrar no mesmo aquário um valor PH de 8,0 de manhã e 8,5 í tarde, pois as algas consomem o CO2 somente durante o dia.

Existem kits de testes para a verificação da capacidade tamponadora (ou alcalinidade ou reserva alcalina) da água do aquário, sendo estes facilmente encontrados no mercado. A alcalinidade é medida em “graus de dureza de carbonatos” ou oKH (KH vem de Karbonathärte: dureza de carbonatos, em alemão. Nos EUA eles usam dKH, sendo “d” igual a degree, grau em inglês, ou seja, é a mesma coisa). Existe uma outra unidade, miliequivalentes por litro (meq/l). Dependendo do kit adquirido, a medição será feita em uma ou outra unidade. Vale a relação :

2,8 meq/l = 8 dKH

Níveis de alcalinidade de 6 a 8 dKH (2,2 a 2,8 meq/l) são considerados ideais para o aquário de corais. O valor de 6 dKH deve ser considerado realmente como mínimo.

Com a decomposição de matéria orgânica, a tendência do aquário é se tornar ácido (mais íons H+). Os carbonatos (CO32-) e os carbonatos de hidrogênio (HCO3-) reagem com o H+ e o neutralizam. Porém, a reserva alcalina (quantidade de íons CO32- e HCO3-) tende a cair para manter o PH. Por isso, a melhor forma de manter o PH do aquário é através do controle da reserva alcalina.

Para evitar a queda da reserva alcalina e conseqüentemente uma queda de PH, é necessário acrescentar carbonatos e carbonatos de hidrogênio no aquário. Existem no mercado vários produtos para o controle da reserva alcalina, que são os tamponadores (em inglês, Buffer). É importante desde o início da montagem do aquário a monitoração da reserva alcalina.

Uma outra forma mais simples de manter a alcalinidade do aquário é acrescentar Kalkwasser (água calcária) no lugar da água evaporada do aquário. Na caixa de reposição, deve-se colocar Kalkwasser decantado e liberar para repor a água evaporada.

Kalkwasser é simplesmente hidróxido de cálcio (Ca(OH)2) com pureza de laboratório. Quando hidróxido de cálcio reage com a água temos :

Ca(OH)2 ---> Ca2+ + 2OH-

Ou seja, na reação produz-se Cálcio (Ca2+) e íons hidróxidos (OH-). Na teoria, deve-se colocar 1,5 g de Ca(OH)2 para cada litro de água. Essa solução terá um PH de 12,4, ou seja, extremamente alto, já que os íons OH- puxam a solução para o lado básico. Por ter esse valor PH tão alto, não se pode jogar grandes quantidades de Kalkwasser no aquário de uma só vez. Melhor mesmo é o método por gotejamento. Os íons OH- da solução quando no aquário, neutralizam o efeito dos íons H+, mantendo os níveis de carbonatos (CO32-) e carbonatos de hidrogênio (HCO3-). Outra grande vantagem do Kalkwasser é o acréscimo de cálcio no aquário (falaremos mais tarde sobre isso).

O Kalkwasser tem grande afinidade com o CO2 e em presença desse gás, ocorrem as seguintes reações :

Ca2+ + 2OH- + CO2 ----> Ca2+ + CO32- + H2O
----> CaCO3 + H2O


Vemos que, na primeira reação existe a formação de íons carbonato, o que é o responsável pela manutenção da reserva alcalina, quando utilizamos Kalkwasser. Vemos que a formação dos íons carbonato ocorre na presença de CO2. No entanto, se a reação continuar ocorrendo, ocorrerá a saturação da mistura e carbonato de cálcio vai ser formar. O Carbonato de Cálcio (CaCO3) precipita na reação, por ser uma substância menos solúvel. O PH da solução cai e o Kalkwasser não serve mais para nossos propósitos. A forma de se evitar esse fato é o reservatório para o Kalkwasser ser fechado, impedindo acesso facilitado do ar. A caixa de reposição deve ter uma tampa. Um pouco de ar sempre existirá, o que será suficiente para a formação de íons carbonato, sem precipitar carbonato de cálcio.

Uma informação adicional importante é que aquários que utilizam Kalkwasser como forma de reposição de cálcio e reserva alcalina, sempre terão tendência a ter uma alcalinidade em torno de 6 dKH, pois pouco íons carbonato são produzidos (que são medidos pelos kits de alcalinidade). Isso não é um grande problema, pois o PH está sendo mantido pela neutralização dos íons H+ pelos íons OH- do Kalkwasser.

Em um recipiente grande prepare o Kalkwasser, colocando aproximadamente 1,5 gramas de Ca(OH)2 para cada litro de água deionizada ou passada por osmose reversa. Mexa bem a mistura. Coloque uma tampa no recipiente e espere algumas horas para que a solução decante. O material depositado no fundo não deve cair no aquário. Após decantado, retire a solução que fica em cima (transparente) e coloque na caixa de reposição. Para evitar a formação de Carbonato de Cálcio (CaCO3), a caixa de reposição deve ter uma tampa. A formação de CaCO3 é facilmente verificada quando na superfície do Kalkwasser forma-se uma película insolúvel. Quando isso ocorre, o Kalkwasser perde suas propriedades. Esse é o motivo pelo qual se recomenda fortemente que a caixa de reposição tenha uma tampa para evitar entrada facilitada do ar, e consequentemente, do gás carbônico.

Cálcio:

Na água do mar, o Cálcio se apresenta em concentração de aproximadamente 420 mg/l. Vários organismos que nós mantemos em nossos aquários necessitam dessa substância, como todos os corais (principalmente os duros), as algas calcárias, os moluscos (formação/crescimento das conchas), etc. Os corais duros utilizam o Cálcio na formação de seu esqueleto calcário. Por esse motivo, esse componente é utilizado rapidamente e deve ser reposto. Existem vários produtos no mercado para repor o nível de Cálcio no aquário. Com a utilização de Kalkwasser como reposição da água evaporada, acrescentamos boa quantidade de Cálcio.

Dependendo do aquário, pode-se ter maior ou menor quantidade de água evaporada e, conseqüentemente, será utilizada maior ou menor quantidade de Kalkwasser. Para os casos onde os níveis de Cálcio não ficam dentro do desejável, é necessário utilizar uma fonte de Cálcio adicional. Encontram-se vários suplementos de Cálcio no mercado, devendo o aquarista seguir as instruções do fabricante. Geralmente são soluções de CaCl2 (Cloreto de Cálcio) dissolvido em água destilada.

O nível de Cálcio no aquário deve ficar entre 350 a 450 mg/l (desejável 420 mg/l). Para a medição do nível de Cálcio existem vários Kits de teste. São imprescindíveis e todo aquarista marinho deve ter o seu.

Na Alemanha foi desenvolvido um sistema para a dosagem do Kalkwasser, chamado reator de Nilsen. Um sensor de nível na caixa de circulação ativa uma bomba que envia água de um reservatório de água doce para o reator de Kalkwasser. No reator temos grande quantidade de Ca(OH)2. A água e o hidróxido de Cálcio são agitados periodicamente por um sistema dentro do tubo do reator. Somente Kalkwasser limpo (decantado) passa para o aquário, pois na parte de cima existe um sistema de filtragem, que permite somente a passagem da água com os íons dissociados.


A melhor opção atualmente para repor cálcio e reserva alcalina, são os reatores de cálcio. São tubos onde são colocados material calcário (conchas, aragonita, etc.). Água e CO2 são passados por essa mistura. Cálcio vai se dissolvendo dos materiais calcários, ao mesmo tempo de carbonatos são formados. Com a utilização dos reatores de cálcio consegue-se manter adequadamente os níveis de alcalinidade e de cálcio. Para o funcionamento do reator de cálcio é necessário a utilização de um tubo de CO2.


Estrôncio:

O Estrôncio é utilizado no aquário pelos corais (junto com o Cálcio) na formação de seu esqueleto calcário. Na água do mar, a concentração de Estrôncio é de cerca de 8 mg/l. Quando montado, o nível de Estrôncio no aquário estará provavelmente dentro dos níveis desejados. Após alguns meses, a concentração cai drasticamente a um nível de apenas 1 mg/l. Devemos, portanto, acrescentar Estrôncio no aquário periodicamente.

Procure suplemento de Estrôncio com o seu lojista e siga as instruções do fabricante.

Kits de medição de Estrôncio são bastante raros no mercado.

Iodo:

No mar o iodo se apresenta em concentração de 0,05 mg/l. O iodo é utilizado por todos os crustáceos quando eles trocam de carapaça. Estudos indicam que o iodo também é essencial quando se almeja sucesso com os corais tipos Xênias e corais duros. Esse elemento tem grande influência na coloração azul dos corais, principalmente acroporas.

Devemos acrescentar iodo no aquário periodicamente, porém devemos ser bastante cautelosos com a dose utilizada, pois as algas filamentosas (indesejáveis) utilizam o iodo como nutriente e acabam infestando o aquário, se houver uma overdose desse componente.

Kits de medição para o iodo não são encontrados facilmente.


Elementos da decomposição da matéria orgânica:

Já falamos sobre a formação dos produtos vindos da decomposição de matéria orgânica quando falamos sobre os sistemas de filtragem. Nesse capítulo, queremos apenas apresentar os parâmetros aceitáveis dentro do nosso sistema para esses produtos indesejáveis.

a) Amônia (NH3) e íons Amônia (NH4+) :

São o primeiro produto da decomposição e são extremamente tóxicos aos nossos peixes e corais. O valor ideal é 0 mg/l. Para a medição do nível de amônia, adquira um kit de teste.

b) Nitrito (NO2-):

O Nitrito também é tóxico para os corais e peixes. Os peixes toleram níveis de nitrito um pouco mais altos. Valor ideal é 0 mg/l. Valor máximo tolerável é 0,1 mg/l . Ao chegar nesse valor, o aquarista deve intervir com trocas parciais de água. Existem kits de teste para o nível de nitrito.

c) Nitrato (NO3-) :

O nitrato é um dos produtos finais da decomposição. Os animais toleram bem níveis de nitrato de até 10 mg/l, porém, o valor ideal é 0 mg/l. O Nitrato é um excelente nutriente para as algas filamentosas, que são O PROBLEMA em um aquário de corais, por esse motivo, os níveis de nitrato no aquário de rochas deve ser 0 ou muito próximo desse valor. .

Para a medição do nitrato também existem kits de teste.


d) Fosfato (PO43-) :

O fosfato também é um dos produtos finais da decomposição e é um excelente nutriente para as algas filamentosas. Seu nível ideal para o aquário de rochas é 0 mg/l. Nível limite seria de 0,2 mg/l.

Para a medição do fosfato também existem kits de teste.



Temperatura:

A temperatura de um aquário de corais deve ficar entre 23oC até 27oC. Esses valores são determinados com bases em medições de temperatura da água em vários recifes de corais, sendo os valores limites para a grande variedade de animais.

Para aquecer a água do aquário durante os meses de inverno, é necessária a utilização de aquecedores com termostato. Os termostatos ligam automaticamente quando a temperatura fica menor que o valor estipulado e desligam automaticamente quando esse valor é atingido.

Os termostatos/aquecedores são tubos de vidro com uma resistência elétrica dentro. Devem ser colocados de preferência no sump, em local onde o fluxo de água é intenso. Dessa forma evita-se o contato dos animais com os tubos.

São vendidos com várias potências, com valores em Watts (W). O ideal é escolher o termostato de modo a ter uma relação maior ou igual a 0,5 W/l. Para um aquário de 500 litros, por exemplo, um mínimo de 250 W em aquecimento deve ser investido.

Como vivemos em um país tropical, certamente teremos problemas com altas temperaturas no verão. Na natureza, quando os corais ficam por alguns dias expostos í temperaturas acima de 30oC, ocorre um fenômeno chamado “Bleaching”. Nesse fenômeno, os corais perdem grande parte das algas simbióticas, ficando com as cores opacas, vindo a morrer em pouco tempo. Uma vez iniciado esse processo, dificilmente há volta, mesmo melhorando as condições ambientes do coral. Esse fato ocorre também no aquário e, para evitá-lo, o aquarista deve possuir um chiller, que é um resfriador para o aquário. A água deve circular dentro do Chiller e trocar calor com um gás refrigerante, através do contato entre as paredes do tubo de água e do tubo de gás. Quando a temperatura ultrapassa o valor limite estipulado, o Chiller é acionado e desliga somente depois que a temperatura fica dentro do valor desejado.

Infelizmente não temos outra opção. Todo aquarista acaba tendo que investir em um bom Chiller - e pagar seu elevado preço.

Os Chillers aquecem muito. Evite colocá-los dentro de móveis, onde a circulação de ar geralmente é inadequada, pois o aquecimento exagerado do aparelho pode até mesmo danificar o sensor de temperatura.


Potencial Redox:

Quando um elemento químico recebe elétrons, dizemos que ele é reduzido e quando doa elétrons, que ele é oxidado. Representamos um elétron como uma carga negativa. Dessa forma, na reação Uma reação exemplo de oxidação e redução é a do cobre e a do zinco:

Zn + Cu2+ <--> Zn2+ + Cu

Nessa reação vemos que o Zinco (Zn) perde dois elétrons, ficando com mais cargas positivas. Dizemos que o zinco foi oxidado. O cobre inicialmente estava com cargas positivas “sobrando” e foi reduzido ao receber dois elétrons. Dizemos que o cobre foi reduzido.

Na reação de oxidação-redução, o elemento que doa elétrons é chamado de Redutor (reduz outros componentes) e o que recebe elétrons é o Oxidante. Na reação acima, o Zinco é o elemento redutor e o cobre é o elemento oxidante.

A transmissão de elétrons de um elemento até outro pode ser medida através da corrente elétrica. Se uma barra de zinco for colocada em um recipiente com uma solução eletrolítica e for ligada por um tubo com a mesma solução eletrolítica í uma barra de cobre em um outro recipiente também em solução eletrolítica, poderemos medir a tensão entre os dois elementos. Nesse caso, a tensão seria de 1,10 Volt. Essa tensão é um valor que indica quão forte é a reação do Zinco como redutor e do cobre como oxidante, chamada também de Potencial Redox de uma reação de oxidação-redução.

O que isso tudo tem a ver com nosso aquário? Pode-se também medir o Potencial Redox da água do mar, ou melhor dizendo, a tensão entre um eletrodo em um eletrólito de um aparelho e a água do mar. Esse valor de tensão indica a “saúde” de um aquário, já que nos dá uma idéia da capacidade de oxidação e redução da água do nosso tanque. Em um aquário de rochas saudável, medimos Potencial Redox entre 300 e 400 mV. Em aquários com problemas de algas, geralmente tem-se valores de Potencial Redox entre 200 e 300 mV. Existem aparelhos eletrônicos para a medição desse parâmetro.

Para manter alto o nível de Potencial Redox:

- Circulação da água do aquário de 10 a 20 vezes o volume do aquário circulando por hora. Quanto maior a quantidade de oxigênio, maior o Potencial Redox. A circulação contribui para a oxigenação da água;

- Evitar superpovoamento do aquário. Excesso de material orgânico abaixa o Potencial Redox;

- Utilizar um bom Skimmer;

- Uso de Ozonizador. O Ozônio (O3) é um elemento extremamente oxidante e eleva o Potencial Redox. Existem aparelhos que lançam Ozônio, geralmente ligados a Skimmers. Atenção: seguir as intruções do fabricante, pois o Ozônio deve circular dentro do Skimmer, mas nunca ser lançado para dentro do aquário. Na saída do Skimmer, deve ser coletada uma amostra de água e examinado o odor (Ozônio tem um odor característico). Não pode ser detectada a presença desse elemento na saída do Skimmer. Conheço bons aquários que nunca utilizaram o Ozônio e funcionam muito bem. A real necessidade do Ozonizador é questionável.




Até a próxima!

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Fabio Renato
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Re: Curso de Aquarismo - Aula 4 - Qualidade da Água

#2 Mensagem por Fabio Renato »

:) vo monta uma apostila r s para pessoas como eu rs
Fabio R. Souza ( Fabinho)

http://www.brasilreef.com/forum/viewtopic.php?f=25&t=769


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Re: Curso de Aquarismo - Aula 4 - Qualidade da Água

#3 Mensagem por Matias Gomes »

Julio essas aulas são ótimas, parabéns pela iniciativa.
aqui tem um tópico excelente ensinando a usar o refratometro
viewtopic.php?f=38&t=162
procurando uma loja? mapa das lojas de aquariofilia

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Gustavo Viude
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Re: Curso de Aquarismo - Aula 4 - Qualidade da Água

#4 Mensagem por Gustavo Viude »

Parabéns pela iniciativa! Muita informação de qualidade!

Eu queria saber o que realmente influencia na reprodução de corais num ambiente de aquário, por exemplo, a qualidade da Água de Fernando de Noronha é de uma forma, a do Mar Vermelho é de outra forma, e a de Ilha bela é de outra muito diferente... em todos estes lugares podemos ver uma formação de corais, mas com uma flora maior, com cores mais belas e até de espécies mais específicas em lugares restritos... (acho eu)

O que tem de diferente na água desses lugares que influencia positivamente para vida desses animais?

Há um tempo atrás eu tive um aquário marinho e criei muitos peixes de água doce, muita coisa mudou de lá pra cá, mas estou tentando voltar e estou montando um projeto para um aqua marinho, o projeto está baseado em $$, $$ para o aqua e seus diversos equipamentos... Minha idéia principal é montar um cenário de rochas com muitos invertebrados e alguns poucos peixes, só que lendo o seu artigo, me senti um pouco menos confiante, pois não terei como comprar todos os equipamentos citados acima que poderão garantir o melhor controle da qualidade da água.

Devo desistir da idéia do aqua? Existe uma forma de criar um bom ambiente para os corais sem muitos equipamentos? Claro que Skimmer, Iluminação com lâmpadas HQI e outros para a boa circulação eu terei, mas Reator de cálcio, Chiller e esses mais caros, dificilmente pelo custo.

Abraços!

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Matias Gomes
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Re: Curso de Aquarismo - Aula 4 - Qualidade da Água

#5 Mensagem por Matias Gomes »

Gustavo vc pode manter sem chiller, mas usando um ventilador, vai evaporar muita água e precisa de uma água doce boa, iluminação pode usar lâmpadas flc de baixo custo, ou PLs de baixo custo e boa luminosidade, precisa de skimmer. reator de cálcio apenas se quiser ter muitos corais duros.
procurando uma loja? mapa das lojas de aquariofilia

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Julio Monteiro
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Re: Curso de Aquarismo - Aula 4 - Qualidade da Água

#6 Mensagem por Julio Monteiro »

Olá Gustavo,

com relação a diferença entre as regiões citadas e as demais é que elas fazem partes de regiões do mundo chamadas de "isotermas", que são regiões que possuem determinada temperatura durante todo o ano, ou seja, sem grandes oscilações entre inverno e verão. São regiões próximas í linha do Equador que propiciam melhores condições para corais mais sensíveis, como os SPS - que são os mais coloridos.

abraço

Vicente Rosina
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Re: Curso de Aquarismo - Aula 4 - Qualidade da Água

#7 Mensagem por Vicente Rosina »

Cheguei a ficar tonto :o

Rodrigo Kertzman
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Re: Curso de Aquarismo - Aula 4 - Qualidade da Água

#8 Mensagem por Rodrigo Kertzman »

Julio,

Parabéns pelo tópico.

Comprei meu medidor de TDS, a quantidade de algas no aquário demonstravam que algo não ia bem. Inicialmente resolvi investigar a minha água de reposição.

A resina e o carvão foram utilizados para fazer apenas 50 litros de água. O que me levava a acreditar que ainda não estavam saturadas. Ao instalar o TDS a medição de entrada indicava 25 ppm e o de saída 40 ppm.

A minha primeira pergunta é...realmente o ppm de saída pode ser maior do que o de entrada ou é algum defeito no aparelho?

Acha válido que eu troque a resina para testar a qualidade?

Qual solução devo utilizar para verificar a calibragem do aparelho?

Abraço

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Julio Monteiro
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Re: Curso de Aquarismo - Aula 4 - Qualidade da Água

#9 Mensagem por Julio Monteiro »

Rodrigo,

normalmente, se a resina e o carvão não estiverem saturados, o valor de saída deveria ser menor que o de entrada.

Qual carvão e qual resina você utilizou?

Existem marcas de carvão que não são próprios para aquário marinho e que soltam muito fosfato. Esse fosfato pode saturar rapidamente a resina.

Você tem como testar com outro aquarista o valor do TDS? Aí você já descartaria qualquer erro de calibração do equipamento.

Para a calibragem do TDS existem algumas soluções prontas que podem ser solicitadas em loja de aquário. O que eu acho mais fácil na prática, é verificar com algum conhecido um TDS calibrado e verificar qual a medição em uma amostra qualquer de água. O valor do TDS deve ser ajustado ao valor do equipamento já calibrado.

Abraço

abraço

Rodrigo Kertzman
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Re: Curso de Aquarismo - Aula 4 - Qualidade da Água

#10 Mensagem por Rodrigo Kertzman »

Não sei dizer exatamente qual a maca deles, comprei de um vendedor que anuncia aqui nos classificados.

Vou fazer o teste em outro aquário, se o medidor estiver funcionando irei fazer a substituição da resina e carvão. Acredito que o problema não seja do medidor, estou usando o HM-DM-1 Imagem.

Obrigado pela ajuda!

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Jesse Barcelos
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Re: Curso de Aquarismo - Aula 4 - Qualidade da Água

#11 Mensagem por Jesse Barcelos »

Julio se usar Kalkwasser por gotejamento durante a noite , sem fazer testes posso ter prolemas?

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Julio Monteiro
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Re: Curso de Aquarismo - Aula 4 - Qualidade da Água

#12 Mensagem por Julio Monteiro »

Olá Jesse,

Utilizar Kalkwasser por gotejamento traz problemas?

depende:
- se o aquário for bem povoado com corais, principalmente os duros, então não há motivo para pensar em problemas, pois o consumo de cálcio tende a ser alto. Já tive um aquário onde eu utilizava Kalkwasser em 100% da água de reposição e não havia alteração no nível de cálcio.

- Se o aquário não tem grande consumo de cálcio, pode ser que haja problema de aumentar muito a concentração de cálcio.

Sempre é bom testar o nível de cálcio semanalmente, de qualquer forma, com ou sem a utilização de kalkwasser.

abraço

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Re: Curso de Aquarismo - Aula 4 - Qualidade da Água

#13 Mensagem por Jesse Barcelos »

Então Julio só tem umas mudas de Montipora e LPS E SOFt, eu comprei faz tempo + fico com receio de usar sem fazer teste
valeu Obrigado , e parabéns pelas aulas , de vez em sempre estou aqui tentando aprender , ajuda e muito

Rodrigo Kertzman
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Re: Curso de Aquarismo - Aula 4 - Qualidade da Água

#14 Mensagem por Rodrigo Kertzman »

Julio,

Troquei resina e carvão,TDS marcando 000 para os primeiros 100 litros. Depois usei mais 50 litros e ficou marcando entre 001 e 002. Qual o limite aceitável para fazer novamente a troca?

Sugestão: Cria um tópico/aula sobre a utilização do Reator de Cálcio!

Abraço

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Re: Curso de Aquarismo - Aula 4 - Qualidade da Água

#15 Mensagem por Julio Monteiro »

Rodrigo,
eu uso "zero" de tolerância, ou seja, quando o TDS acusa qualquer valor acima de zero, eu já troco a resina.

Valores até 10 ppm são ainda aceitáveis.

Quanto ao reator de cálcio, aguarde!

Leonardo Alcantara
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Re: Curso de Aquarismo - Aula 4 - Qualidade da Água

#16 Mensagem por Leonardo Alcantara »

VC mantém a Temperatura do seu aquário em 25º e nele possui peixes???? pq eu tenho aquele densimetro comum mas é da tetra.
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Julio Monteiro
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Re: Curso de Aquarismo - Aula 4 - Qualidade da Água

#17 Mensagem por Julio Monteiro »

Olá, Leonardo,
eu mantenho o aquário em 26 graus. Meu aquário possui corais e peixes.

Quanto ao densimetro, vale a pena comprar um refratômetro, pois tem maior precisão.

Pedro Augusto
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Re: Curso de Aquarismo - Aula 4 - Qualidade da Água

#18 Mensagem por Pedro Augusto »

Muito bom, Julio.
Mesmo com um material desses, tem gente que tem preguiça de ler e acaba fazendo bobagem. :evil:

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Marcus l lage
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Re: Curso de Aquarismo - Aula 4 - Qualidade da Água

#19 Mensagem por Marcus l lage »

Julio tudo bem.... bem é o seguinte meu Aquario esta com uma agua..... Bem como posso disser vamos lá ( OCA!!!!! Como se não tivesse nutrientes aquáticos ) o que significa este tipo de agua no inicio da montagem do reef.. Vai aqui desde já meu muito obrigado Marcus Lage...

Minha agua chego a ficar assim quase sem os peixes sentir a sua presença que produto devo colocar nesta hora para não dar algas filamentosas rsss desculpe talves pela minha ignorãncia icon_bag VAleu Julio icon_iCo01

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Um Abç icon_iCo01
Editado pela última vez por Marcus l lage em 01 Set 2011, 19:25, em um total de 3 vezes.

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Re: Curso de Aquarismo - Aula 4 - Qualidade da Água

#20 Mensagem por mauroemilio »

Uma dúvida sobre densidade. Aqui em brasília vários aquaristas que conheço mantêm a temperatura í 26ºC. Neste caso eu poderia utilizar como parâmetro o valor de densidade entre 1022 e 1204?

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